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20 de Novembro: Dia da Consciência Negra
Para construir uma sociedade igualitária é necessário reforçar a luta antirracista todos os dias

Como uma forma de celebrar a comunidade negra e sua contribuição para a história do Brasil, a data, oficializada em 2011 pela lei nº 12.519, também marca a luta contra o racismo no país pelos Movimentos Negros.
Contudo, em relação as estatísticas, não há muito o que comemorar. De acordo com o Relatório das Desigualdades de Raça, Classe e Gênero, realizado em 2018 pelo Grupo de Estudos Multidisciplinares de Ação Afirmativa, embora 55% da população brasileira seja composta por pretos e pardos, esse grupo ainda é minoria no ensino superior, na mídia, na política e nos demais espaços de poder na sociedade.
Pesquisas mais recentes, apresentadas em 2021 na CPI da Pandemia, apontaram que a taxa de mortalidade foi maior entre negros do que nos outros grupos. E ainda, o desmonte das políticas sociais pelo atual governo, agravaram a fome e a violência sob essa população.
Segundo o autor Silvio Almeida, o racismo é estrutural e faz parte de processos políticos e históricos. Desta forma, se manifesta na desigualdade de oportunidades entre os diferentes grupos raciais. Portanto, o Dia da Consciência Negra é um convite a reflexão e a discussão desse tema, e não uma maneira de impor uma supremacia.
Tendo em vista que a defesa das políticas sociais integra a luta antirracista devemos reforçar essa luta para assegurar a proteção e a seguridade social. Por isso, a Frente Nacional em Defesa do SUAS ressalta a importância de levar essa luta para além do dia 20 de novembro.
Saiba mais dados da desigualdade acessando: http://gemaa.iesp.uerj.br/relatorio-das-desigualdades-gemaa-no-2/
Mais Referências:
ALMEIDA, Silvio. Racismo estrutural. São Paulo. Pólen, Coleção Feminismos Plurais, 2019.
Texto: Hallana Costa, jornalista graduada pela Universidade de Brasília (UnB), atua na Assessoria de Comunicação da Frente Nacional em Defesa do SUAS.